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Por que algumas vidas valem mais do que outras?

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O ataque terrorista da última sexta-feira, em Paris, deixou 124 mortos e espalhou o terror pelo mundo. Assim como havia acontecido no ataque ao jornal Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos, a repercussão foi avassaladora. A mídia mundial se comoveu, repercutindo a comoção pelas redes sociais, seja no Brasil ou fora do País (Escrevi sobre o mesmo tema, incluindo os ataques do Boko Haram AQUI).

Não comentarei muito sobre o que ocorreu em Mariana, Minas Gerais, seja pelos desabrigados, pelas vítimas ou pelo desastre ambiental. São situações distintas. Contudo, gostaria de comentar sobre os outros atentados reivindicados pelo Estado Islâmico e até mesmo pelo ataque dos “aliados” à Síria, como o dos Estados Unidos da América que bombardeou por engano um hospital dos Médicos Sem Fronteiras, deixando 22 mortos, entre pacientes e trabalhadores.

De um mês pra cá, entre tantos atos de violência, um duplo ataque em Beirute deixou ao menos 41 mortos e 180 feridos. Um avião russo foi abatido no Egito deixando 224 civis mortos, mais pessoas do que no último atentado em Paris. No Líbano, explosões de duas bombas deixaram 44 mortos e 239 feridos, na última sexta-feira 13, mesmo dia do ataque em Paris.

Você ficou sabendo? Imagino que não.

Sempre que há uma comoção mundial, por um atentado específico, me pergunto por que alguns repercutem mais que outro. Desde sexta-feira, os jornais só falam da França, e o mesmo ocorre nas redes sociais, inclusive estão pintando suas fotos de perfil com as cores da bandeira francesa, mas por que não se comoveram com os outros ataques e com as outras mortes?

Eu me comovo com as vítimas na França, assim como com os outros ataques terroristas. Também me comovo com as mais diversas mazelas da humanidade. Muçulmanos, cristãos, judeus, brancos, negros, ricos, pobres, europeus, africanos, asiáticos, americanos, todas as vidas tem a mesma importância, merecem as mesmas lágrimas e nunca vou entender porque algumas parecem não importar, principalmente para aqueles que podem se indignar e influenciar a maioria que os lê ou assiste.

Essa crônica é apenas uma reflexão, cada um se comove com o que mais lhe dói e pra mim fica apenas a pergunta:

Por que algumas vidas valem mais do que outras?

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Sobre Rodrigo Barros

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Empreendedor e escritor, Rodrigo Barros é bacharel em Biblioteconomia e em Sistemas de Informação, com pós-graduação em Gerência de Projetos e MBA em Gestão de Marketing. Fundador e editor chefe na Cartola Editora.

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