Negros como a noite fria do interior,
Penetrantes como o arame afiado do cercado,
Intensos como o pulsar vivo de um tambor,
Rasgados como o peito da vitima dilacerado.
Destemido como as rochas que enfrentam o mar,
Doce como o vinho que embriaga o Natal
Frágil como a noiva à beira do altar,
Amargo como uísque que chega ao final
Intenso como o amor recém descoberto
Inseguro como a paixão de um menino
Sem rumo como a areia no deserto
Sonhador que redesenha seu destino
Forte como o vento que o pai exorta
Rápido como o pensamento itinerante
Protetor como a mãe que o conforta
Único com um “quê” de vinho rascante
Parabéns eu filho! A criatura supera o criador.