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Marketing Literário: As Redes Sociais e a mudança de paradigma

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O surgimento da Internet introduziu na sociedade mudanças comportamentais únicas. O consumidor passou a ter acesso a outros consumidores, compartilhando ideias e experiências. A Internet deixou de ser estática, onde o usuário apenas navegava e consumia informações. A segunda geração de serviços e comunidades, chamada de web 2.0, trouxe o conceito de plataforma de interação. A computação em nuvem, onde os aplicativos passaram a rodar em servidores, possibilitou o acesso a serviços por meio de computadores, telefones móveis inteligentes ou tablets. Essa nova possibilidade trouxe maior interação, aumentando a propagação e compartilhamento de vídeos, imagens e ideias.

Segundo os últimos estudos, o Brasil supera o tempo médio em visita às redes sociais, com sessões que duram em média de 18,5 minutos, enquanto que mundialmente, o valor é de 12,5 minutos por acesso.  O País é responsável por 10% do tempo total consumido globalmente nas redes sociais, ocupando o segundo lugar no ranking, estando atrás apenas dos Estados Unidos. Em termos de visitantes diários às redes sociais, o país também é o maior da América Latina, com quase 30 mil acessos diários, pouco menos da metade de usuários de todo o continente, com cerca de 60 mil acessos. Ignorar esses números é um tiro no pé para autores e editoras.

A Internet tornou-se um canal direto de comunicação, facilitando o acesso e o diálogo entre consumidores e empresas, possibilitando melhor percepção sobre a opinião do consumidor, seus produtos e serviços. Isso se reflete também na interação e percepção de leitores, autores e editoras. Nesse novo contexto, as redes sociais ganharam importância fundamental. Aquele que não se relaciona de forma estratégica (no caso do autor, seus leitores), está fadado à perda de participação no mercado.

O ser humano é mais facilmente influenciado pelo grupo o qual pertence, e a participação nas redes sociais tornou-se um apoio para a tomada de decisão durante o processo de consumo. A partir do uso massivo das redes sociais, o uso de serviço de buscas, como Google, Yahoo, e Bing, baseado em informação deixou de ser a única opção para o consumidor, que se viu interagindo diretamente com a marca, emitindo opinião sobre produtos e serviços, gerando confiança em outros consumidores e tirando a credibilidade das organizações que não se preocupam em fidelizar e atender bem seu cliente.

Resumindo, enquanto a busca é baseada em informação, a busca social é baseada em confiança, credibilidade das indicações dos contatos do consumidor. Com o aumento progressivo de usuários nas redes sociais, precisamos identificar, entender e atender as necessidades de nossos leitores, focando também na interação para não somente vender mais, como também fidelizar o leitor.

Até a década de 1990, o consumidor era passivo, refém de uma comunicação em massa via televisão ou mídia impressa. Atualmente, existem muito mais elementos para comunicar marcas, e o consumidor se tornou ativo, não somente interagindo como também influenciando outros consumidores. Esta mudança comportamental gerou uma inversão no vetor de marketing, pois enquanto no marketing tradicional as ações de promoção e relacionamento acontecem no sentido da empresa para o consumidor, hoje, o consumidor é quem busca a marca e a empresa, como e onde deseja. Essa inversão do vetor de marketing é um fator importante a se observar no momento de planejar campanhas e estratégias de mercado. Nas redes sociais, encontramos ainda outro tipo de relação, a que não é feita entre a marca e consumidor e sim entre um consumidor e outro.

Hoje nos encontramos na era da experiência, onde o ambiente é dominado pela busca e pela transparência, focando na experiência do consumidor, inviabilizando a antiga estratégia de forçar a presença de marcas e produtos no dia a dia do consumidor. O marketing deve oferecer experiências que engajem o leitor quando este entra em contato com a sua marca de alguma forma.

Os próximos artigos serão focados nas redes sociais e suas estratégias. Desde o conceito de cada rede social como a melhor forma de interagir com o seu leitor em cada uma destas, de forma específica, como o Instagram, Facebook, Twitter, Youtube entre outras.

Até a próxima.

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Sobre Rodrigo Barros

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Empreendedor e escritor, Rodrigo Barros é bacharel em Biblioteconomia e em Sistemas de Informação, com pós-graduação em Gerência de Projetos e MBA em Gestão de Marketing. Fundador e editor chefe na Cartola Editora.

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