Romário de Souza Faria, nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1966. Iniciou a carreira nas divisões de base do Olaria, transferindo-se em seguida para o Vasco da Gama. Fez carreira na Europa e brilhou pelo PSV Eindhoven e Barcelona. Frequentou a Seleção Brasileira desde a base e atingiu o ápice da carreira ao conquistar a Copa do Mundo de 1994, sendo o grande destaque do Brasil.
Após a Copa, foi contratado pelo Flamengo para ser o grande presente do Centenário Rubro-Negro, viu o Fluminense de Renato Gaúcho campeão sem conquistar um único título no ano festivo. Voltou para a Europa para defender o Valencia, voltando ao Vasco da Gama em 1999. Após divergências com a diretoria Vascaína se transferiu para o Fluminense no ano do centenário do clube. Em sua estreia, contra o Cruzeiro, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2002, levou mais de 70 mil torcedores ao Maracanã e correspondeu às expectativas, marcando duas vezes em uma goleada de 5 a 1. O bom início foi seguido de tropeços, o Fluminense foi goleado pelo Flamengo, quando Romário perdeu um pênalti, teve ainda a derrota para o Palmeiras por 3 a 0 no Maracanã e a goleada imposta pelo São Paulo por 6 a 0, quando Romário trocou socos com o zagueiro Andrei.
O clima era instável, havia briga pela titularidade, onde exigia a presença do amigo Beto, fora de forma e, o descontentamento do restante do elenco, como do atacante Magno Alves. Apesar dos diversos problemas, o Fluminense se classificou para a fase decisiva vencendo a Ponte Preta por 3 a 2. O Tricolor perdia a partida por 2 a 0, até que Roni marcou dois gols, e aos 35min, Romário roubou a bola do zagueiro Marinho e marcou o gol da classificação. Nas quartas de final, o Fluminense eliminou o São Caetano e foi para a semifinal contra o Corinthians, reeditando o confronto de 1984. Na primeira partida Romário marcou e o Fluminense venceu por 1 a 0, em São Paulo deixou a partida sentindo dores na perna e o Fluminense foi desclassificado após perder por 3 a 2. Romário faturou a chuteira de ouro e tornou-se o primeiro jogador a marcar gols nos quatro grandes paulistas no mesmo ano.
Assim como aconteceu no Flamengo e no Vasco, as regalias do Baixinho irritavam jogadores e torcedores, como ausência nos treinos, e uma comissão técnica própria, com fisioterapeuta e preparador-físico particulares. Roni e Magno Alves deixam o Clube ao final de 2002 e em 2003, seduzido pela proposta de US$ 1,5 milhões do Qatar por três meses de contrato com o Al-Sadd, Romário deixa o Fluminense. O jogador atuou em apenas três partidas, sem marcar um único gol sequer. Voltou ao Fluminense motivado pela busca do milésimo gol. Teve uma exibição de gala contra o Guarani, no Maracanã, marcando três vezes, um deles de bicicleta, o único de sua carreira, na vitória por 5 a 2.
Aos 37 anos, terminou o ano com 13 gols em 21 jogos, sendo o artilheiro do Fluminense, mas a luta contra o rebaixamento trouxe mais atritos com a torcida, chegando ao ponto de brigar com um torcedor que atirou galinhas nos jogadores durante o treino. Em 2004, a Unimed resolver montar um grande time para fazer companhia a Romário. O Fluminense passou a contar com Edmundo, Ramon e o com o retorno do ídolo Roger, era o quarteto fantástico tricolor. A constelação não emplacou, crises de ciúmes e regalias geraram mais problemas e o superelenco nada ganhou. A diretoria e a patrocinadora exigiam a escalação de Romário, e o técnico Alexandre Gama reclamava das frequentes ausências do Baixinho nos treinamentos. Sem clima, em sua última partida pelo Tricolor, Romário foi vaiado ao ser substituído após pouco fazer em campo em uma derrota de 1 a 4 para o Goiás, no Maracanã. Deixou o Fluminense sem nenhum título e sem deixar saudades.
Voltou ao Vasco da Gama e se aventurou pelo futebol norte-americano, antes de voltar a Colina e finalmente marcar seu milésimo gol, em São Januário. Encerrou a carreira jogando uma única partida pelo América, clube de seu coração, realizando o sonho de seu pai. Após encerrar a carreira dedicou-se a vida política. Pela Seleção Brasileira conquistou a Copa do Mundo de 1994, o Torneio Bicentenário da Austrália de 1988, a Copa América de 1989 e 1997, e a Copa das Confederações de 1997. Foi ainda medalha de prata com a Seleção nas Olimpíadas de Seul.