Composição: Rodrigo Barros e Gercilí Barros
com o papagaio no ouvido,
E o galo de briga na mão,
Chega na rodoviária perdido,
Um nordestino peão.
Trocou a enxada do sertão,
Pela picareta da cidade,
Vai comer arroz e feijão,
E de Rosinha sentir saudade.
Há de conhecer a maldade,
Que existe neste Rio,
E descobrir a realidade:
Aqui a gente sente frio.
Por ter orgulho e brio,
permanece na luta infinda.
Num andaime, por um fio,
A morte é sempre bem vinda.
Conterrâneo, é tempo ainda,
Rume de volta pro sertão.
Vá até onde essa estrada finda,
E seja do Brasil a solução.
Lá, aqui não.
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